quarta-feira, 25 de abril de 2012

Quem quer ser Marilyn Monroe?



Após assistir um filme, ou um episódio de seriado, eu passo por duas fases distintas. A primeira é ficar o dia inteiro, e provavelmente a noite, pensando e refletindo sobre os personagens e a história. E a segunda fase chama-se Google. Para complementar meus pensamentos eu preciso saber mais sobre o diretor, ou autor do livro que a obra foi adaptada, ou quem canta a música que gostei na trilha sonora, e se foi baseado em fatos reais, como foram esses fatos reais.
Tradicional como sou, foi o que fiz após assistir Sete Dias com Marilyn. Depois de ficar bastante tempo refletindo sobre a vida da maior musa que o cinema já viu, pesquisei sobre ela e sobre Colin Clark, que viveu uma breve história com a atriz e escreveu o livro que deu origem ao filme.
Na verdade ele escreveu dois, ambos contando sobre os bastidores das gravações de O Príncipe Encantado, filme inglês que teve Marilyn como protagonista e Colin como terceiro assistente de produção. O primeiro livro se chama The prince, the showgirl and me, que depois virou um documentário. Porém, desta obra, uma semana da história ficou de fora e cinco anos depois ganhou um livro só para ela, chamado My week with Marilyn. Mesclando um pouco dos dois, mas focando mais no último, que o filme Sete Dias com Marilyn nasceu.
Este período, apesar de pequeno dentro dos longos seis meses de gravação do filme, revela o envolvimento de Colin com Marilyn em uma amizade bem colorida quase neón. Além do romance, o mais interessante deste ponto de vista do rapaz é o outro lado da mulher que até hoje sustenta o título de atriz mais famosa e sexy da história. O lado que naquela época ninguém imaginava, o lado triste, perdido, confuso, que precisava de pílulas e mais pílulas para dormir.


“Sou egoísta, impaciente e um pouco insegura. Cometo erros, sou um pouco fora do controle e às vezes difícil de lidar, mas se você não sabe lidar com o meu pior, então com certeza, você não merece o meu melhor”

Nunca me interessei por Marilyn mais do que a maioria das pessoas da minha idade. Então foi com esse filme que realmente parei para olhar a atriz de perto e entendi porque se fala tanto nela. Realmente, como é muito bem apresentado no filme, Marilyn era o tipo de mulher que conseguia toda a atenção. Ela brilha ao entrar em cena, quando sorri, quando fica triste, quando faz uma cara engraçada, quando canta. Deslumbrante é uma palavra pequena para descrevê-la.
Em Sete Dias com Marilyn fica evidente que por trás dessa desejada e segura mulher, estava na verdade uma garota muito insegura e totalmente necessitada de atenção, carinho e demonstrações de afeto constantes. Por essas características que ela abusava de seus dotes femininos e conquistava tantos homens, entre eles o jovem Colin.

“Toda garotinha deveria ouvir que ela é linda, mesmo que não seja”

Falando nele, o garoto foi um excelente contraponto para a história e para a loira. Aos 20 e poucos anos, Colin, um inglês bem vivido decide se aventurar no mundo do cinema e consegue seu primeiro emprego no filme O Príncipe Encantado. Lá ele inocentemente chama a atenção da atriz, que já vive a base de muito remédio e álcool, mal consegue acertar uma cena, decorar uma fala, e descobre que talvez seu marido não a ame tanto quanto ela pensava. Pois, assim como os outros, só chegou até ela em busca da personagem que Marilyn Monroe representava, e não da mulher por trás da fantasia. Ela e Colin ficam amigos e ele a ajuda a passar por todos estes momentos difíceis durante as filmagens.
Gostei da suavidade das cenas. Nada foi exagerado, mesmo sendo um filme focado em uma mulher cheia de superlativos. Palmas para Michelle Williams que está lindíssima no papel principal. Ela conseguiu captar a essência de Marilyn e passar com clareza para quem assiste.
Por esses e outros motivos que acredito que o filme vale o ingresso, e depois uma passadinha no Youtube para assistir ao documentário de Colin.

O filme estreia no Brasil essa semana, dia 27 de abril.


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