Escrito por Stephen Chbosky, o romance As
Vantagens de Ser Invisivel fez sucesso nos anos 1990 e acaba de estrear no
cinema com roteiro do próprio autor do livro.
Em ambos, as emoções a flor da pele do protagonista, Charlie
(Logan Lerman), levam o leitor/espectador a uma viagem sobre
amizade, amor, futuro, sonhos, e também o lado obscuro e oposto de tudo isso,
como o medo do abandono, do não-amor, da derrota e do passado.
"Então, esta é minha vida. E quero que você saiba que
sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso
ser assim." (Charlie)
Charlie é um garoto que acabou de sair de um tratamento
psicológico para superar a perda do seu melhor amigo e também de
uma tia próxima. Somada as tragédias estão as característica do
garoto, que faz o tipo introspectivo, inteligente, que gosta de ler e, assim como
diz o titulo do filme, encontra algumas vantagens no fato de não ser notado.
Até o momento que o desejo de ser invisível passa a ser
atormentado pelo desafio de participar da vida, e não apenas assisti-la. Por isso, Charlie se arrisca a fazer amigos. Ele se aproxima de Patrick (Ezra
Miller) e Sam (Emma Watson), o primeiro é um extrovertido garoto que não se
importa com o que pensam ou deixem de pensar sobre ele. E Sam, uma linda menina,
que ainda não aprendeu a se valorizar e deixa seu coração ser quebrado por pessoas que não a amam de verdade.
“A gente aceita o amor que acha que merece" (Bill)
Mistura de desajustados feita, o filme dança sob o turbilhão
de emoções de cada personagem e seus segredos. Remando contra a maré da maioria dos outros filmes adolescentes, focados em cheerleaders populares e nerds desajustados, As Vantagens percorre outro
caminho. O da sensibilidade das descobertas, dos laços humanos, e das
possibilidades que existem dentro de cada um.
Inspirador, o filme e o livro merecem ser vistos, lidos, admirados
e indicados. Os atores estão impecáveis e Logan Lerman acaba de ganhar meu
prêmio particular de melhor ator jovem dessa geração. Enquanto Emma continua a
provar que nem só de Hermione será feita sua carreira.
“Eu me sinto infinito" (Charlie)
A trilha sonora é excelente e quase uma personagem a parte de tão importante. Ela ressalta as sensações e ajuda a fixar a época que o filme se passa, com
clássicos dos anos 80 e 90 sendo sempre trocados entre os personagens através
de fitas cassete #QuemNunca.
O longa teve boa bilheteria fora do Brasil, e por aqui
também não fez feio, mas eu se fosse você iria logo ao cinema antes que o filme saia de cartaz e você perca a experiência de vê-lo na telona.
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