Ligar a TV em época de Natal e assistir a filmes repletos de
neve e decoração vermelha e verde é tão legal, só que não... Pois é, eu tenho um
leve mau-humor natalino, e as produções cinematográficas não ajudam muito. O que
rola é sempre mais do mesmo: Papai Noel que precisa de ajuda, famílias que não
se dão bem e no Natal se amam, luzes que piscam e magicamente alteram todo o
humor de uma cidade.
No entanto, como estou em uma auto-jornada de auto-conhecimento e auto-pare-de-implicar-com-o-Natal, coloquei a cabeça para funcionar e selecionei um Top 5 filmes de Natal que não são medíocres e valem a pena ser assistidos.
No entanto, como estou em uma auto-jornada de auto-conhecimento e auto-pare-de-implicar-com-o-Natal, coloquei a cabeça para funcionar e selecionei um Top 5 filmes de Natal que não são medíocres e valem a pena ser assistidos.
1 - O Estranho Mundo de Jack
A animação de 1993 faz parte da coletânea de ideias estranhas
com seres fantásticos vindos direto da mente de Tim Burton. Jack é um esqueleto
que mora no mundo do Halloween. Lá ele e outros seres assustadores vivem em um
constante dia das bruxas e preparativos para melhorar o evento todos os anos.
Até o dia que ele se cansa e entra no portal que leva ao mundo do Natal. Deslumbrado
com a magia da neve, da felicidade e de todo o espirito natalino, Jack decide
fazer parte disso, mas digamos que ele não é dos melhores no quesito
felicidade, presentes e amizade com o Papai Noel. A animação é lindíssima,
assim como o romance e toda a ideia de busca pela identidade. O longa ganhou
uma repaginada em 2009 e até foi para os cinemas em 3D.
Feliz Natal
A estreia de Selton Mello como diretor representa
até exageradamente meu mau-humor natalino. Na época tive a oportunidade de
assistir ao filme em uma seção com o próprio Selton, que depois conversou com a
plateia sobre este drama familiar de um rapaz que vive longe da família e
vai visitá-los no Natal. Durante esta visita, o público percebe que há algo
tenso na relação do grupo e, mais tarde, descobre que o protagonista Caio,
vivido por Leonardo Medeiros, esteve envolvido em uma tragédia que faz com que
ele se torne uma pessoa distante e fechada em si mesmo. O filme é bem intimista e com barracos
tipicamente familiares em festas que envolvem bebidas e altas doses de drama. Darlene
Glória está espetacular como Mércia.
Esqueceram de Mim
Clássico dos anos 1990, Esqueceram de Mim é titular nas sessões
da tarde ganhou 48 sequências ruins, porém não dá pra deixar de lado o primeiro
de todos como um ótimo filme. Pra começar, mais família e bagunça típica de
feriados de fim de ano. Com tanta gente e uma mãe à beira da loucura, não foi difícil
esquecer uma das crianças para trás na viagem de Natal. Por isso Kevin,
interpretado pelo então brilhante Macaulay Culkin, fica sozinho em casa e
precisa defendê-la de dois ladrões com armadilhas típicas de criança.
Simplesmente Amor
Filmes com muitas histórias tem a seu favor a chance de
acertar na maioria delas em detrimento de alguns erros, ou também pode ser um
tiro no pé e se perder pelo mesmo motivo, com várias histórias ruins que
sobressaem uma ou duas interessantes que sustentariam sozinha um bom filme. Por sorte, Simplesmente
Amor faz parte do primeiro grupo. A produção inglesa apresenta oito histórias e
só se perde em duas (a do ator pornô e do rock star tentando voltar ao
mercado). No restante ele marcou época com cenas clássicas como a do rapaz que
aparece na porta da garota e se declara com cartazes, do garotinho apaixonado
correndo pelo aeroporto, ou a cena de Colin Firth lindo aprendendo português.
Tudo em nome do amor iluminado com luzes natalinas, neve, sentimentalismo e uma
pitada de comédia. Além da belíssima participação do ator brasileiro Rodrigo
Santoro estreando na gringa.
Elf – Um Duende em Nova York
Will Ferrell vive Buddy, um garoto que foi criado por elfos
no Pólo Norte. Quando ele cresce e se vê bem diferente e muito mais alto que os
outros duendes, ele decide encontrar suas origens em Nova York, onde vive seu pai
biológico. Bem pastelão, o filme vale pelas risadas em momentos... pastelões! Bom
para melhorar o humor de chatos natalinos como eu. Ferrell faz comédia muito
bem e se presta a diversas caras, bocas, pulos e gritos que só não deixa o
espectador com muita vergonha alheia, porque, afinal, ele está vestido de elfo,
e isso já basta desde a primeira cena.
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