quarta-feira, 11 de maio de 2011

A minha versão do amor


Na revista Bravo de abril foi publicado o perfil do ator e ganhador do Globo de Ouro, Paul Giamatti, protagonista do filme A Minha Versão do Amor. Faço questão de destacar aqui uma parte da matéria que achei a melhor descrição que alguém poderia fazer sobre ele: “Numa época que cultua a beleza reluzente de corpos sarados, Giamatti brilha pela aparente ausência de atrativos. Baixinho, gorducho, com cara de garoto mais sacaneado da turma, sua persona cinematográfica é a de um perdedor”.
Pois é, Giamatti é um desajustado, e mesmo fora dos padrões protagoniza este filme, em um papel que poderia facilmente ter sido dado a qualquer bonitão hollywoodiano. Sempre que vejo um desajustado no cartaz do cinema penso: ele provavelmente mereceu estar ai, deve ser bom, vou ver. Esse passo a passo não costuma me deixar na mão. E não deixou.
A Minha Versão do Amor é um dos filmes mais sutis e tocantes que vi este ano. O longa conta a história do produtor de TV, Barney Parnofsky. Um homem que está encarando as dificuldades da velhice e as conseqüências de suas escolhas e atitudes durante a vida.
Com uma coleção de casamentos fracassados, poucos amigos e um trabalho do tipo sub-sonho, Parnofsky é tudo que não queremos ser no futuro. E é deste ponto que o filme começa, do fim para voltar na história e mostrar o que resultou naquela persona com poucos pontos a serem admirados.

Primeiro ele se casou. Depois ele se casou de novo. E então ele conheceu o amor de sua vida

O filme poderia ser resumido na simplória e importante palavra: relacionamentos. O desajustado personagem passa a vida inteira se esforçando para se relacionar. Primeiramente com um grupo de amigos, que mais tarde se mostram pouco confiáveis. Depois com duas esposas escolhidas ao acaso e uma última que realmente era o amor da vida dele. E por último com os filhos, apegado a um e péssimo com o outro. E assim Parnofsky poderia ser o vizinho de qualquer um que lê este texto. Um cara comum, que de tão comum nos faz pensar: será que tudo realmente tinha que acontecer assim? Será que as grandes burradas da vida e os caminhos errados tinham que ser do jeito que foram?
E se você espera respostas do filme, espere sentado. A lição de moral vem no fim, mas soluções nunca são servidas em bandejas.


Ao lado do ótimo Giamatti está também o ator Dustin Hoffman, que interpreta o pai do personagem principal. Algumas das melhores cenas do filme são feitas pelos dois, no que aparenta ser o único relacionamento bem sucedido de toda história.
O amor em suas diversas formas e canais são fascinantes, então, por este simples fator, o filme merece ser assistido. Possibilidades de algumas poucas furtivas e doloridas lágrimas no fim existem, vá preparado.



Um comentário:

  1. olá.
    estou seguindo seu blog
    gostei muito
    é um bom lugar para descobrir bons filmes
    amei a parte que pala de Harry Potter, como fã lhe parabenizo. ficou muito bom
    bjos

    http://rgqueen.blogspot.com/

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