Já Assistiu?: Comer, Rezar e Amar

“Você não precisa de um homem, Liz. Você precisa de um campeão” – Felipe

Por Ana Carolina Giarrante

Antes de assistir ao filme, não tinha lido o tão comentado livro, mas apenas uma entrevista da autora e protagonista da história, Elizabeth Gilbert. Na revista, ela falava sobre a busca da felicidade num relacionamento amoroso. E esse é o mote central da versão para o cinema de Comer, Rezar, Amar, que tem Julia Roberts no papel principal.
No entanto, não foi esse o ponto da história que mais me tocou. Me senti muito mais sensibilizada com a ansiedade que Liz tinha por não conseguir saber por onde começar a procurar aquilo que estava lhe faltando. A princípio, ela nem sabia o que lhe faltava. Todas essas dúvidas tornam-se o fio da meada para essa busca de sabe-se lá o quê.
A história é mostrada pelo diretor Ryan Murphy de modo bastante linear e começa quando a escritora de sucesso resolve separar-se do marido e passa a namorar um rapaz mais jovem que ela.
Essa mudança que, supostamente, seria para melhor, não atendeu às expectativas de Liz, que resolveu largar o namorado, o emprego bem-sucedido e sua casa para se aventurar em uma viagem de um ano pela Itália, Índia e Indonésia.

Na Itália, ela descobre o dolce far niente – e é onde acontece a minha cena preferida do filme, que mostra Julia Roberts deliciando prazerosamente um prato de espaguete (a orelha do livro diz que Elizabeth engordou 11 kg por lá!). Na Índia, Liz encara uma auto-exploração espiritual com a ajuda de uma guru e um amigo texano que conhece no templo. Já na Indonésia, mais especificamente em Bali, a mulher torna-se discípula de um xamã e, despretensiosamente, apaixona-se por um brasileiro, Felipe, interpretado no longa pelo ator espanhol Javier Bardem – que arrisca um português e até que se sai bem.
Assim é Comer, Rezar, Amar, um longo (vá ao banheiro antes de começar a sessão) mas interessante filme, que estreia amanhã (1º de outubro) nos cinemas nacionais.