quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O começo do fim



Quando assisti Harry Potter e a Pedra Filosofal (o primeiro filme da franquia), eu ainda era uma adolescente que simplesmente gostava de ir ao cinema, mas tinha pouquíssimo senso do que era se envolver com uma história mágica. Dominado por romances, comédias “pastelonas” e filmes com barcos gigantescos afundando, o universo da sétima arte tinha deixado de lado os filmes onde animais falam e voam e pessoas têm superpoderes, enquanto os raios brilhantes haviam sido vistos pela última vez saindo do peito de alguns ursinhos coloridos em desenhos infantis.
Parecia que acreditar no sobrenatural estava limitado a certa faixa etária e a partir da idade limite, você deveria encarar a realidade com o máximo de seriedade e melancolia que a vida merece ter.
Foi então que, no ano de 2001, Harry, Hermione e Ron saíram dos livros e lotaram salas de cinema em todo o mundo, além de também induzirem muitas pessoas a voltarem (ou simplesmente começarem) a ler os 7 livros da série, dos quais o primeiro já estava nas estantes das livrarias desde 1997. Depois não demorou para que sucessos como Senhor dos Anéis, Crônicas de Nárnia e Crepúsculo se tornassem grandes fraquias, com direito a muita magia e imaginação para crianças e também adultos.



Quase 10 anos depois da estreia do primeiro filme, a saga chega ao fim com o Harry Potter e as Relíquias da Morte. Admito que não li os livros e nem gostei muito dos dois últimos filmes, porém em Relíquias senti que um fim épico está realmente por vir para (desculpem o jargão) fechar com chave de ouro uma história que no mínimo merece respeito.
Nesta primeira parte do fim (a segunda estreia em julho), a famosa escola Hogwarts não é mais um lugar seguro e assustadoramente acolhedor como nos outros longas. Depois da morte de seu diretor, Dumbledore, o mundo caiu nas mãos do temível senhor das trevas, Lord Voldemort, e seus comparsas do mal. Agora Harry e seus amigos precisam se esconder do malvadão se quiserem sobreviver para descobrir como acaba a história.
O filme é repleto de ação e momentos de sustinhos, o que torna as 2h30 de tempo no cinema quase imperceptíveis. Daniel Radcliffe segurou a onda do protagonista muito bem, talvez sua melhor interpretação até agora. A melhora foi acompanhada pelos outros colegas de elenco, principalmente Rupert Grint, que está sensacional como o personagem cômico que consegue dar aqueles respiros de felicidade entre um e outro momento de muita tensão.



Para vencer o bruxo mais poderoso do mundo, os três adolescentes possuem a missão de encontrar os horcruxes, objetos que guardam partes da alma de Voldemort e lhe dão imortalidade. A única maneira de acabar com este problema é destruindo cada um dos sete horcruxes nos quais a alma do bicho está guardada.
O primeiro foi o diário de Tom Riddle, encontrado no segundo filme, Harry Potter e A Câmara Secreta. O segundo foi um medalhão, encontrado no sexto filme, HP e o Enigma do Príncipe, no entanto, o filme acaba com a revelação de que aquele medalhão encontrado não é o verdadeiro... mas o desenrolar desta história está nesta primeira parte do fim. E o terceiro foi o anel já destruído por Dumbledore antes de morrer. Agora restam três horcruxes para serem destruídos, levando em conta que o sétimo é o próprio Harry, que carrega sem querer uma parte do Lord em si. Tenso, não é?
Como o filme é uma história só, dividida em duas partes, o fim não é um corte súbito do nada, e sim um fim parecido com final de temporada de seriado, que deixa um suspense no ar, um gosto de “volta, por favor?” e seis meses de espera para os fãs. Achei digno e recomendo, a partir do dia 19 de novembro, provavelmente em qualquer cinema próximo da sua casa!

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