sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Romance, sangue ou guerra interplanetária?

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Filmes para alegrar o fim de semana de fim de mês de fim de orçamento para quem vai ficar em casa!

500 Dias com Ela

Esta é uma história do garoto que conhece a garota. Mas você deve saber já de cara, que essa não é uma história de amor (Narrador)

Como avisado pelo narrador no inicio do filme, 500 Dias com Ela, é um romance fora dos padrões. E já de cara o espectador é avisado que não deve se iludir a espera do final feliz entre Tom e Summer, o casal principal.
E eu já aviso de cara que é quase impossível não se iludir e nem terminar de ver o filme imaginando que, quem sabe um dia, haja uma continuação, e quem sabe nesse dia, etc, etc...

“O que acontece quando você ama?”
“Você acredita nisso?”
“É amor, não é Papai Noel”
(Tom e Summer)

Tom é um garoto que acredita no amor acima de todas as coisas, e no fato de que só será feliz quando encontrar o grande amor da sua vida. Já Summer não compartilha desse pensamento desde o trauma que sofreu com a separação dos pais. Parece simples, mas o trunfo do filme é justamente o roteiro ordinário, porém extremamente bem feito, principalmente quando pensamos que quem sempre se apaixona são as garotas, e não o garoto.
A minha parte favorita é um momento da história na qual a tela se divide em duas: uma com as cenas do que realmente está acontecendo, e a outra com o que Tom imaginou que aconteceria. E que atire o primeiro bombom de chocolate em formato de coração quem nunca fez isso, imaginou uma cena completa com diálogos e expressões corporais dignos de roteiro, mas, na hora, não foi o que aconteceu.
Se pretende alugar esse filme, prepare o coração, o chocolate e tente não se identificar com o protagonista, o que é quase impossível, afinal, quem nunca sofreu por amor?


Bastardos Inglórios

Que mundo hostil, no qual um rato perdura. Pois nosso pequeno inimigo tem um instinto de sobrevivência e auto-preservação impecável... E isso, Monsieur, é o que os judeus compartilham com os ratos. (Col. Hans)

Meu nome é Shosanna e esta é a face... da vingança judia!” (Shosanna)

Do controverso Quentin Tarantino, o filme conta uma versão particular sobre a guerra entre nazistas e judeus, vinda direta da louca mente do diretor que conseguiria fazer aflorar até o lado mais vingativo e frio de Ghandi.
Tudo começa em território francês ocupado pelos nazistas, onde surge o coronal Hans Landa, implacável caçador de judeus foragidos - aliás, o ator que o interpreta, Christoph Waltz, é incrível e está concorrendo ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.
Do outro lado está Aldo Raine (Brad Pitt) e seu grupo de soldados judeus americanos conhecido como Os Bastardos, que lutam aniquilando os inimigos nazistas e tem como missão acabar com o Terceiro Reich, também conhecido como Hittler, para os íntimos conhecedores de história. Enquanto isso, outros personagens fazem parte da trama, e as histórias pouco se entrelaçam, mas muito se parecem.
Ponto para todos os atores, que estão excelentes. E para a sede de sangue e vingança violenta que só Tarantino sabe fazer a ponto de envolver o espectador e o deixar com um pouco de vergonha de si mesmo quando, no dia seguinte, ele lembra que compartiu dos mesmos sentimentos que Quentin.


Star Trek


“Desse jeito, você será capitão em quatro anos!”
“Quatro anos? Eu consigo em três.”
(Kirk)

“Você sempre será uma criança de dois mundos. E eu sou grato por isso, e por você”
(Sarek para Spock)


Enterprise nunca mais será a mesma depois que o diretor J.J. Abrams colocou seus dedinhos na intocável Jornada nas Estrelas. Se você já é um trekki, ou não faz a mínima ideia sobre quem é quem na saga, esse filme atende bem a ambos os grupos.
J.J. zerou tudo e a contou a história desde o começo, do nascimento do capitão Kirk, até seu relacionamento com o volcano Spock e com a última bolacha do pacote Uhura.
Vale ressaltar que foi com Jornada nas Estrelas que eu consegui entender (mas não aceitar! Acho difícil...) as benditas realidades paralelas, o que é superimportante para quem assiste ou pretende algum dia assistir ao seriado Lost.
Enfim, perfeito para quem gosta de uma boa explosão e histórias complexas, mas que só acontecem no fantástico mundo do cinema.

Um comentário:

  1. Adoro "quotes", Raquel, muito bom você colocar algums debaixo das fotos! E só pra aproveitar o assunto, achei essa lista hoje, dá uma olhada: http://en.wikipedia.org/wiki/AFI's_100_Years%E2%80%A6100_Movie_Quotes

    Sobre os filmes. Não entendi o "quem sempre se apaixona são as garotas". Como assim?? Na verdade quem sempre se apaixona são os nerds, os geeks, os losers... Os que sobraram estão muito ocupados nas micaretas da vida pra se apaixonar. "500 dias com ela" é um filme cruel, não tem como não sair do cinema apaixonado pela Zooey. E o filme sempre acaba com ela nos dispensando.

    Sou fã do Tarantino, prefiro nem comentar o Bastardos.

    E Jornada é mesmo ótimo. Confesso que não gostei de MI:3, achei que o JJ tinha sido superestimado. Mas no ST ele mandou bem. E tudo bem se ele só fizer filmes toscos pelo resto da vida, serei sempre grato por Lost.

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