sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Idas e Vindas do (quase) Amor


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Estreia hoje nos cinemas Idas e Vindas do Amor, um típico blockbuster que tinha tudo para dar certo e, financeiramente falando, deu. O longa estreou em primeiro lugar nos Estados Unidos semana passada, arrecadando mais de 63 milhões de dólares em três dias.
O filme é repleto de estrelas que agradam todas as faixas etárias e gostos cinematográficos. Desde astros teens como a cantora Taylor Swift e o belíssimo descamisado da saga Crepúsculo, Taylor Lautner, passando também pelos fieis representantes do mundo das comédias românticas, Ashton Kutcher e Julia Roberts, e figurinhas conceituadas fora do estilo mamão-com-açúcar como Jamie Foxx e Anne Hathaway. E este não é nem metade do elenco...
E como diz a máxima “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. O elenco estelar tinha um motivo óbvio: disfarçar o roteiro médio, as piadas ruins, e os finais previsíveis.
E não digo isso como uma militante contra comédias-românticas, esse estilo até que me agrada bastante, afinal, sou uma menina! Mas Idas e Vindas do Amor não prenderia a atenção da mais romântica princesa da Disney.

Quando eu era um garoto, a maioria dos conselhos que meu pai me deu foi porcaria. Mas teve uma coisa que ele me disse que foi genial... Ele disse: se algum dia você estiver com uma garota que é boa demais para você, case com ela. (Reed – Ashton Kutcher)

A história gira ao redor de diversos casais durante o dia dos namorados. Os personagens mais expressivos ficaram por conta de Ashton Kutcher e Jennifer Garner, o primeiro pede em casamento a namorada que não tem nada a ver com ele e o dispensa, a segunda é apaixonada por um cara quase perfeito.
Paralelo a isso também é possível apreciar o amor inconseqüente e exagerado dos adolescentes (bons tempos!). Um relacionamento de anos entre uma grande atriz do passado e um eterno enamorado. E a amizade entre dois estranhos que acabam de se conhecer em um avião. Pronto. Fora tudo isso o resto do filme e das histórias poderiam ser facilmente descartados.
Uma que quaaase salvou o projeto inteiro foi a atriz Jessica Biel, que vive uma eterna solteira que odeia o dia dos namorados. Mas quando parecia que a história dela seria a mais engraçada, a personagem entra em situações absurdas de vergonha alheia, típicas de uma comédia pastelão. Fato esse que permeia quase todas as outras narrativas. Definitivamente, já passou da hora de Hollywood aprender que grandes tombos, pessoas peladas em lugares inadequados, e outras manifestações embaraçosas para os atores, também podem causar o efeito de constrangimento no publico, e não de “Ah, que engraçado!”.

Minha relação mais próxima com alguém é com meu Blackberry. Graças a Deus ele vibra. (Kara – Jessica Biel)

Por outro lado, a trilha sonora consegue segurar bem o estilo romântico/feliz. A música tema fica nas mãos da cantora Jewel-ressurgida-das-cinzas. Mas o pezinho só tem vontade de se mexer de verdade quando, enquanto sobem os créditos, toca a canção Today Was a Fairytale, de Taylor Swift. Ponto para a loira.

Isso é tudo, pessoal. Amor entre jovens. Cheio de promessas, cheio de esperança, ignorante da realidade (repórter do jornal)

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