sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sherlock Holmes



Finalmente fui ao cinema ver Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras, continuação de Sherlock Holmes lançado em 2009. Quem viu o primeiro, já sabe que um dos grandes atrativos da história é a excelente escolha de Robert Downey Jr. para viver o intrigante personagem principal.

Comparado ao filme anterior, este mantém alguns defeitos e qualidades. Por exemplo, o filtro azulado que dá aquela sensação fria e tensa aos filmes de suspense. Só que um pouco mais escuro, talvez para corresponder ao título do mesmo, e também por ter um clima mais pesado que o primeiro. Podemos encaixar essa categoria como qualidade, mas passível de gerar um pouco de sono em quem estiver cansado.
Outra semelhança é a demora que o roteiro leva para te envolver. Por cerca de uma hora e meia a história não passa de mistérios estranhos, com a mente de Sherlock toda confusa ao fundo. E é quase na última meia hora do filme que o clima engata e ficar sentada aconchegantemente na cadeira não faz mais sentido, durante tantas explosões e ações.
A figura feminina não é mais a linda e perigosa Irene (Rachel McAdams), mas sim a cigana Madam Simza (Noomi Repace), que não tem os mesmos atrativos da diva anterior, mas “semgraçamente” segura as pontas.


Enquanto isso, nasce na pele do ator Jared Harris, o incrível vilão Professor Moriarty. Estou à espera de um vilão que me surpreenda tanto quanto o Coronel Hans Landa, vivido por Christoph Waltz em Bastardos Inglórios. Achei que o encontraria desta vez, mas não rolou. Em SH: O Jogo das Sombras, o bad guy Professor Moriarty infelizmente não alcançou este nível, mas conseguiu ser uma das partes mais interessantes do longa. Tão inteligente quanto seu oponente, Moriarty é sagaz, perigoso, politicamente bem infiltrado, e do tipo que faz você desistir do bem no mundo ao ouvi-lo falar. E, para finalizar, o que são os dentes dele? A cada sorriso um arrepio na plateia. Destaque para a cena que ele captura Sherlock e canta enquanto o tortura. Terrivelmente bom.



Por fim, o que amarra bem a história é a eterna amizade entre Sherlock e Watson, vivido por Jude Law. Mesmo sendo um insano que bebe formol, é na relação com Watson que percebemos um Sherlock que realmente ama alguém e se importa com a vida desta pessoa. Celebrar a amizade é o novo preto no mundo da ficção. E qual história da literatura seria melhor para representar dois grandes amigos do que estes aventureiros que, mais tarde, inspiraram tantos outros relacionamentos como House e Dr Wilson, Sharona e Natalie em Monk?
Ao que parece, essa amizade ainda pode render outros filmes, provavelmente azuis, confusos, mas com bons atores e finais que nos fazem achar que tudo valeu a pena.

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