terça-feira, 14 de dezembro de 2010

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Minha vontade de ir ao cinema assistir A Rede Social só surgiu realmente quando vi que a direção era assinada por David Fincher. Responsável por alguns dos meus filmes favoritos, como Seven, O Curioso Caso de Benjamin Button e Clube da Luta, Fincher provou novamente que uma história pode girar em torno de um personagem forte, e não necessariamente querido.
A Rede Social conta a história de Mark Zuckerberg, jovem bilionário, criador do Facebook, e o grande personagem babaca que acompanharíamos até o final. Interpretado por Jesse Eisenberg, o nerd apresenta sérios problemas sociais, usados para esconder sua real vontade de ser parte de algo e ser aceito, como qualquer reles mortal. Logo na primeira cena, Mark demonstra sua inabilidade com garotas, o que provoca um fim de namoro com ótimas falas e a cerne da ideia que mais tarde viraria o tal projeto bilionário.

 “Você provavelmente vai se tornar um bem sucedido gênio da computação. Mas você vai passar sua vida pensando que as garotas não gostam de você porque você é um nerd. E eu quero que você acredite, do fundo do meu coração, que isso não é verdade. Que na verdade é porque você é um grande babaca” (Erica, ex de Mark)

Do outro lado da mesa está Eduardo Saverin, o brasileiro melhor amigo de Mark que o ajuda em suas nerdices de faculdade. Ele entra como sócio do site que, inicialmente, tinha a ideia de unir os estudantes da faculdade com perfis virtuais, contanto que representassem os interesses da vida real. Eduardo é quem patrocina as idéias de Mark e se torna o responsável pela administração do site. Porém, a amizade dos dois se abala no momento que surge Sean Parker, criador do polêmico Napster, e interpretado por Justin Timberlake, que está ótimo no papel, mas não faz jus a verdadeira aparência de seu personagem (Justin é incomparavelmente mais bonito que o Parker da vida real!).
Sean se mostra a cereja de todo esse bolo que mistura o nerd chato (leia-se Mark) e o nerd fofo (Eduardo), e dá rumo ao que se tornaria mais tarde o fim de uma grande amizade e um processo judicial bilionário.  


 Nós vivíamos em fazendas, depois vivemos em cidades, e agora nos vamos viver na internet! (Sean Parker)

Apresentado sem ordem cronológica, com flashes dos processos que Zuckerberg sofre durante a história regular, o filme deixa claro o quão acidental foi a fortuna formada por ele, já que constantemente o protagonista aparenta não se importar com dinheiro.
O longa foi baseado no livro Bilionários por Acaso – A criação do Facebook, uma História de Sexo, Dinheiro, Genialidade e Traição, escrito por Bez Mezrich, que entrevistou Eduardo Saverin e todos os outros personagens envolvidos na história, menos Mark que não quis falar.
Não li o livro, mas depois de ver ao filme até fiquei interessada. Provavelmente uma das melhores produções do ano, A Rede Social tem muito potencial para aparecer entre os indicados de grandes premiações no começo de 2011, e se você ainda não assistiu, corra antes que saia de cartaz, pois vai valer a pena.

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