Sabe aquele filme que você não se interessa pelo título, nem
pela trama, mas acaba assistindo por algum caminho do destino que te leva a
comprar o ingresso e entrar na sala do cinema? Foi meu caso com Looper –
Assassinos do Futuro. Não esperava nada do filme, mas logo na primeira cena ele
já me surpreendeu e prendeu minha atenção.
Na trama, Joe (Joseph Gordon-Levitt) é um looper, ou seja,
um assassino que mata pessoas vindas do futuro. Para se livrar dos corpos, em
2072, a máfia que controla máquinas do tempo, envia pessoas vivas para 30 anos
antes, e lá elas são assassinadas por esses loopers. A parte mais estranha desse "emprego" é quando
um loop é fechado, que significa que o assassino acaba de matar ele mesmo. Depois
que isso acontece, o looper se aposenta e vive da grana que juntou durante os
próximos 30 anos antes de morrer.
O único grande problema é se o looper deixar sua vitima
fugir, principalmente se essa vitima for ele mesmo. Que é o que acontece com Joe.
Para viver a versão 30 anos mais velha do personagem, o escolhido foi Bruce
Willis. No caso, Joseph passou por um processo de maquiagem e algumas próteses
para ficar com o rosto bem parecido com o de Bruce. O resultado ficou muito
bom, e os dois atores levam com tranquilidade a trama.
"Eu trabalho para uma organização de assassinos, em um cargo chamado Loopers. Quando essa organização do futuro quer alguém morto, eles preparam o pacote e me mandam para que eu o elimine. A regra é: nunca deixe seu alvo escapar... mesmo se ele for você mesmo" (Joe)
O roteiro e toda a parte da viagem no tempo é um pouco
confusa, porém não atrapalha no desenvolvimento. O foco principal é a vida de Joe,
o que ela foi e o que ela pode ser. Um garoto desregrado, viciado, e que não se
importa com ninguém, só consigo mesmo e com seus planos. Após viver o que tinha
de viver, encontra o grande amor da sua vida. Por causa dela, ele tenta mudar o
futuro, voltando para o passado e se enfrentando. A idéia depois de escapar da
morte é assassinar uma criança que será um grande e poderoso mafioso no futuro,
responsável por fechar os loops e por separar Joe do seu amor.
Outro destaque da trama é a criança citada. Cid é um garoto
com um temperamento forte e capacidades que certamente poderiam formar um terrível
mafioso. Mas a figura controversa da criança gera um desconforto absurdo em
todos, afinal, como matar um garotinho chorando pela mãe?
A mistura de dramas, bons diálogos, bons atores, e um final
surpreendente fecham esse filme que sem querer assisti e faço questão de
indicar.
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