Sim, antes tarde do que muito mais tarde, escreverei sobre o terceiro Crônicas de Nárnia. E farei isto por puro amor, já que o longa está saindo de cartaz! Este amor tem história, pois, desde meu encontro com o primeiro filme, pesquisei bastante e me joguei na leitura dos sete livros que juntos formam As Crônicas de Nárnia.
Como me sinto quase uma PHD nas histórias de C.S. Lewis (!), posso dizer que a recente adaptação para o cinema conseguiu manter o clima do livro, mesmo não sendo tão fiel. O roteiro começa com os irmãos Edmundo e Lucia infelizes por estarem com os tios, enquanto o restante da família está em outro país, separados pela guerra. Edmundo continua com seu Ci (complexo de inferioridade) bem forte e tenta se alistar no exército, já que tem sangue de rei narniano e não se acha valorizado no mundo real. Enquanto o complexo de Lúcia é encarar a virada da infância para a adolescência e querer ser tão bonita quanto sua irmã mais velha, Suzana. Esses dois conflitos internos são importantes para o restante da história, pois é a partir destes desejos e problemas de auto-estima que os irmãos serão provados durante essa nova viagem a Nárnia. Junto com os principais, um novo personagem, o primo chato Eustáquio, vai roubar a cena. E como todo bom chato, o garoto é responsável por boa parte das risadas dadas pela plateia.
Os três entram em Nárnia através de um quadro e saem em alto mar, sendo resgatados pela tripulação do navio Peregrino da Alvorada, comandado pelo rei Caspian. A missão deles é encontrar os sete fidalgos que foram expulsos de Nárnia na época que o tio de Caspian havia tomado o trono (sim, você precisa ver os outros filmes para entender bem esse).
Nessa busca, os personagens descobrem que uma força do mal está atuando entre os habitantes das ilhas narnianas. Este mal é “encarnado” por uma fumaça, no melhor estilo Lost.
E é esse vapor do mal que provoca tentações e mexe com os desejos destrutivos que existe em cada um dos tripulantes. Então, além de enfrentar os perigos físicos de uma viagem sem rumo, eles também devem enfrentar seus medos e conflitos internos.
Os gastos do filme foram estimados em 155 milhões de dólares, e os cenários, figurinos e seres fantasiosos demonstram que o dinheiro foi muito bem gasto. Os únicos efeitos visuais que me incomodaram foram os que envolvem a fumaça vilã e as cenas com Liliath, a estrela personificada. Em contrapartida, as cenas com RipChip, o ratinho, e o dragão, ficaram lindas e muito bem feitas. Assim como o leão Aslam, que é imponente e adorável ao mesmo tempo.
Enfim, se ainda der tempo de correr para o cinema mais próximo e ver uma seção do filme, vai valer a pena. Se não, o jeito é esperar pelo DVD e Blu-Ray. Enquanto espera, aproveite para se jogar na leitura deste clássico de C.S. Lewis, o volume único sempre está em promoção no site de compras Submarino.
Nos sites das revistas Atrevida e Atrevidinha publicamos uma entrevista curtinha que os atores principais nos cederam. Os links estão abaixo:
Trailer
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