segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natalinos



Ligar a TV em época de Natal e assistir a filmes repletos de neve e decoração vermelha e verde é tão legal, só que não... Pois é, eu tenho um leve mau-humor natalino, e as produções cinematográficas não ajudam muito. O que rola é sempre mais do mesmo: Papai Noel que precisa de ajuda, famílias que não se dão bem e no Natal se amam, luzes que piscam e magicamente alteram todo o humor de uma cidade. 
No entanto, como estou em uma auto-jornada de auto-conhecimento e auto-pare-de-implicar-com-o-Natal, coloquei a cabeça para funcionar e selecionei um Top 5 filmes de Natal que não são medíocres e valem a pena ser assistidos. 


1 - O Estranho Mundo de Jack


A animação de 1993 faz parte da coletânea de ideias estranhas com seres fantásticos vindos direto da mente de Tim Burton. Jack é um esqueleto que mora no mundo do Halloween. Lá ele e outros seres assustadores vivem em um constante dia das bruxas e preparativos para melhorar o evento todos os anos. Até o dia que ele se cansa e entra no portal que leva ao mundo do Natal. Deslumbrado com a magia da neve, da felicidade e de todo o espirito natalino, Jack decide fazer parte disso, mas digamos que ele não é dos melhores no quesito felicidade, presentes e amizade com o Papai Noel. A animação é lindíssima, assim como o romance e toda a ideia de busca pela identidade. O longa ganhou uma repaginada em 2009 e até foi para os cinemas em 3D.




Feliz Natal


A estreia de Selton Mello como diretor representa até exageradamente meu mau-humor natalino. Na época tive a oportunidade de assistir ao filme em uma seção com o próprio Selton, que depois conversou com a plateia sobre este drama familiar de um rapaz que vive longe da família e vai visitá-los no Natal. Durante esta visita, o público percebe que há algo tenso na relação do grupo e, mais tarde, descobre que o protagonista Caio, vivido por Leonardo Medeiros, esteve envolvido em uma tragédia que faz com que ele se torne uma pessoa distante e fechada em si mesmo. O filme é bem intimista e com barracos tipicamente familiares em festas que envolvem bebidas e altas doses de drama. Darlene Glória está espetacular como Mércia.



Esqueceram de Mim


Clássico dos anos 1990, Esqueceram de Mim é titular nas sessões da tarde ganhou 48 sequências ruins, porém não dá pra deixar de lado o primeiro de todos como um ótimo filme. Pra começar, mais família e bagunça típica de feriados de fim de ano. Com tanta gente e uma mãe à beira da loucura, não foi difícil esquecer uma das crianças para trás na viagem de Natal. Por isso Kevin, interpretado pelo então brilhante Macaulay Culkin, fica sozinho em casa e precisa defendê-la de dois ladrões com armadilhas típicas de criança.




Simplesmente Amor


Filmes com muitas histórias tem a seu favor a chance de acertar na maioria delas em detrimento de alguns erros, ou também pode ser um tiro no pé e se perder pelo mesmo motivo, com várias histórias ruins que sobressaem uma ou duas interessantes que sustentariam sozinha um bom filme. Por sorte, Simplesmente Amor faz parte do primeiro grupo. A produção inglesa apresenta oito histórias e só se perde em duas (a do ator pornô e do rock star tentando voltar ao mercado). No restante ele marcou época com cenas clássicas como a do rapaz que aparece na porta da garota e se declara com cartazes, do garotinho apaixonado correndo pelo aeroporto, ou a cena de Colin Firth lindo aprendendo português. Tudo em nome do amor iluminado com luzes natalinas, neve, sentimentalismo e uma pitada de comédia. Além da belíssima participação do ator brasileiro Rodrigo Santoro estreando na gringa.




Elf – Um Duende em Nova York


Will Ferrell vive Buddy, um garoto que foi criado por elfos no Pólo Norte. Quando ele cresce e se vê bem diferente e muito mais alto que os outros duendes, ele decide encontrar suas origens em Nova York, onde vive seu pai biológico. Bem pastelão, o filme vale pelas risadas em momentos... pastelões! Bom para melhorar o humor de chatos natalinos como eu. Ferrell faz comédia muito bem e se presta a diversas caras, bocas, pulos e gritos que só não deixa o espectador com muita vergonha alheia, porque, afinal, ele está vestido de elfo, e isso já basta desde a primeira cena. 

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