domingo, 3 de julho de 2011

Tchau, Oscar


Cinemas lotados e brinquedos licenciados vendidos como água, estes são velhos conhecidos da Pixar. Quando se fala da franquia Carros estes números crescem, arrastando muitas famílias com seus pimpolhos para o cinema, depois à lanchonete que serve seu fast-food em embalagens do Relâmpago McQueen. Assim fica mais fácil entender porque a Disney decidiu investir na continuação do filme, mesmo sendo um dos menos aclamados das últimas animações do estúdio.
Enquanto o primeiro conta a história de Relâmpago, um carro de corrida que precisa calçar a sandália, ou pneu, da humildade. No segundo este personagem principal mal aparece e o espaço é todo do seu melhor amigo, o guincho Mate. A amizade dos dois é colocada a prova e, para encher o tempo, uma maluca história de espionagem com direito a tiros e explosões constantes surge como foco. O roteiro se perde de tal maneira que mesmo em meio a tantas explosões minha vontade de dormir era bem grande (PS. sou contra dormir em cinemas) e no fim eu tive que recapitular tudo que havia acontecido para ver se aquele final fazia sentido e, moral da história, não fazia.


Sai insatisfeita do cinema. Assumo que algumas risadas aconteceram, assim como minha admiração pela qualidade gráfica da animação, mas nada foi suficiente para me fazer elogiar a história. No caminho para casa fiquei pensando no meu fofo sobrinho, Pedro, de 4 anos que é compleeeetamente apaixonado por Relâmpago McQueen e sua turma. Ele tem lençol, tênis, chinelo, galocha, toalha, pratos e o que mais for possível ter com o tema. Pensei na decepção que ele teria ao ver um filme tão simplório e distante do que a Pixar costuma fazer. E foi ai que minha ficha caiu: Raquel, ele só tem 4 anos! O filme tem explosões, corridas, cores, personagens novos e a famosa piscadinha brilhante com o “Ka-tchow” do McQueen. Óbvio que ele vai gostar, gritar e pedir para o pai comprar novos brinquedos. Foi ai que acalmei meu coraçãozinho, decidi comprar um novo carrinho para o Pedro e entendi porque Carros, mesmo sendo chatinho, não pode parar.
Agora o jeito é esperar um ano pela nova animação da Pixar, Valente, que terá a importante missão de recuperar a admiração dos fãs adultos e também dos grandes críticos do cinema, pois, no que depender de Carros 2, o Oscar de melhor animação de 2012 já era para eles.


Trailer Carros 2





Trailer Valente


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