domingo, 1 de agosto de 2010

Manifesto pelo direito de sonhar


"Sonhar é acordar-se para dentro" (Mario Quintana)

Recentemente assisti Quando em Roma, comédia romântica com a atriz Kristen Bell (mais conhecida pela personagem título da série Verônica Mars). Após míseros 10 minutos em frente à TV eu já estava pensando no tempo que havia perdido ali. Ruim de doer os ossos, aguentei firme e vi tudinho, até o final feliz. A sensação de tempo perdido se manteve... só que menor. Mesmo ruim, Quando em Roma teve momentos bons e tipicamente “de mulherzinha”, com muito romance, um príncipe encantado belíssimo, e a maravilhosa arquitetura antiga de Roma, com direito a fontana d’amore e moedas responsáveis pelos pedidos de turistas desesperados. Dormi feliz ao lado das minhas ilusões que acabavam de ser muito bem alimentadas, afinal, só havia perdido 1 hora e 40 minutos da minha vida para isso.

Enquanto sonhava com meu príncipe encantado que deve estar jogando moedas por ai, pensei nos filmes açucarados hollywoodianos, e do quanto já cansei de ler sobre os malefícios causados por eles, que criam situações e pessoas que não existem na realidade, ocasionando, em um futuro não muito distante, indivíduos frustrados e iludidos. Não só cansei de ler como concordo plenamente. A vida não é fácil e a sétima arte não deveria fechar os olhos para isso. E para nossa sorte, ela não fecha. Porém, nem só de realidade vive uma pessoa e por isso decidi dar uma banana para meu gosto cinematográfico e vim até aqui, baixar a cabeça e assumir: eu vejo comédias-românticas. Elas podem ser ruins, repetitivas e irreais, mas nunca vi alguém morrer porque sonhou demais.

E para dar credibilidade a minha afirmação, retomo a frase de Marcel Proust, que diz: “se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos e sim sonhar mais, o tempo todo". Sendo assim, que venham os príncipes modernos, as mocinhas em perigo, os vilões que precisam viver infelizes para sempre e o romance, massacrado pela “realidade”, pela falta de tempo, pelo medo e pela massa racionalista que desmoraliza o sentimento mais necessário no mundo: o amor.



“Não leve isso para o lado errado. Mas você é uma mulher muito (muito) bonita” - A Proposta


“Posso ter meu último primeiro beijo?” - Como Se Fosse a Primeira Vez


“As pessoas mais tristes que eu já conheci na vida são aquelas que não se importam profundamente por nada no mundo” - Querido John


“Então o que acontece quando ele escala o castelo a salva a mocinha?” (Edward). “Ela também o salva” (Vivian) – Uma Linda Mulher

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